A música faz parte das nossas vidas, mesmo sem disso termos plena consciência.
Sobre ela muito se poderia escrever, mas seria impossível em 300 palavras; assim, abordarei alguns aspetos, penso pertinentes.
- A música sempre fez parte da minha vida. Não me imagino sem ela. O meu avô paterno era trompetista e o meu pai foi pianista e acordeonista. Eu, iniciei estudos no Conservatório de Música do Porto aos 7 anos. Aprendi piano, canto, educação musical, composição, acústica e história da música. O amor uniu-me a um violinista nascendo uma filha, que também estudou violino. Em 1995, ao comprar um bilhete para o concerto de uma grande cantora lírica – Jessie Norman - conheci em Londres um dos meus melhores amigos.
- O feto ouve sons e reage à música, nomeadamente através da alteração do seu ritmo cardíaco.
- Estudos mostram que a música reduz o stress associado a doenças do foro psíquico e físico, e exerce um efeito benéfico no plano de tratamento de um doente.
Em Dezembro de 2022, foi noticiado que a Unidade de Cancro da Mama do IPO de Coimbra, receberia um projeto-piloto intitulado “A música no lugar certo” visando estimular o bem-estar físico e emocional dos doentes e dos profissionais de saúde.
- Em situações limite - como a atual guerra na Europa -, vemos ucranianos a tocarem música em abrigos e estações de metro utilizando instrumentos musicais construídos com objetos tais como metralhadoras, carregadores e cartuchos.
- A definição de música, como organização de sons com intenções estéticas, artísticas ou lúdicas, poderá no futuro integrar uma dimensão preventiva/terapêutica mais representativa e assim, a escola médica incluirá aprendizagem em música.
Bom seria que a música calasse as armas. Entretanto, dêmos música aos nossos doentes, familiares e amigos, e a nós próprios … verão que vale a pena!